Quem me conhece sabe que eu gosto mesmo é de Rock!, Chico Buarque e Shakira.
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Carlos Pitty
Quem me conhece sabe que eu gosto mesmo é de Rock!, Chico Buarque e Shakira.
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Estudos sobre a linguagem
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Imagens do futebol
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
No buraco errado [música]
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
Dos Amores Mais Vendidos - Diedrich e os Marlenes
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Saramago fala sobre religião
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Dalton Trevisan
Atrás da cortina, vigiando a rua, o contista se repete:
pobre Maria, pobre João que, em toda casa de Curitiba, se crucificam aos beijos na mesma cruz.
Mal a pobre se queixa:
- Ai, que vida infeliz.
Ele a cobre de soco e pontapé:
- E agora? Está se divertindo?
Apanha ela (grávida de três meses) e apanham as cinco pestinhas. Uma das menores fica de joelho e mão posta:
- Sai sangue, pai. Não como facão, paizinho. Com o facão, dói.
***
Reinando com o ventilador, a menina tem a falange do mindinho amputado.
Desde então as três bonecas de castigo, o mesmo dedinho cortado a tesoura.
***
Rataplã é o gato siamês. Olho todo azul. Magro de tão libidinoso. Pior que um piá de mão no bolso. Vive no colo, se esfrega e ronrona.
- Você não acredita. Se eu ralho, sai lágrima azul daquele olho.
Hora de sua volta do colégio, ele trepa na cadeira e salta na janela. Ali à espera, batendo o rabinho na vidraça.
Doente incurável. O veterinário propõe sacrificá-lo. A moça deita-o no colo. Ela mesma enfia a agulha na patinha. E ficam se olhando até o último suspiro nos seus braços. Nem quando o pai se foi ela sentiu tanto.
***
- Na cama o João vem pra cima de mim.
Uma transa lá entre ele e a minha perna. Não estou nem aí.
***
Tristeza é ver florindo o vasinho de violeta no quarto da filha morta.
***
Qual epopéia de altíssimo poeta se compara ao único versinho da primeira namorada:
- Que duuuro, João!
***
Qual o motivo, me diga, para matá-lo? Me presenteou uma camisola nova e samambaia. Ele me dava tudo, era cigarro era calcinha de renda. Depois fez o que mais gostava: as unhas do meu pé. Foi a noite da despedida.
Um amorzinho bem gostoso. O despertador marcando as cinco. O revólver ali em cima da mesinha. Dormi e sonhei com um rio de água negra me levando.
Ele acende a luz, antes do relógio tocar. Pergunta se o trato ainda vale. Respondo que sim. Se um não pode ser do outro, o jeito é pôr um fim em tudo.
Aponta no ouvido esquerdo, sorri para mim, aperta o gatilho. É a minha vez. O relógio dispara, um sinal de Deus. Vejo aquela sangueira, penso nos dois filhinhos. Não, a vida é boa.
***
Domingo, de volta do futebol, ele serve-se de uma cachacinha, liga o rádio.
- sabe, paizinho?
É o menino de seis anos, todo prosa.
- O que, meu filho?
- Essa a música que a mãe dança com o tio Lilo.
***
Durante quarenta anos, a cada sua tentativa dissimulada.
- Seja ridículo, velho – era a mulher contenciosa e iracunda. – Bigode? Não tem o que fazer?
Até que ela morreu. Contrariada de ir primeiro. Dias depois, os amigos dele já reparavam no bigodão
***
Dias das mães: quantos crimes literários, ai, mãe, são cometidos em teu nome!
***
O menino para a mãe:
- A vovó buliu no meu pintinho. Ela diz para não contar.
Essa não, meu Deus, pensa a nora, iluminada. Afinal eu entendi. Agora sei de tudo. O grande segredo do filho dela. Porque ele é assim... tão...
***
O primeiro marido tem dinheiro de sobra. E ela, uma vida regalada. Até o cara ser preso como traficante. O segundo marido ganha bem, mas judia dela. Arrasta pelo cabelo, morde, tira sangue. O terceiro, sargento reformado, é manso e quieto. Só que bebe até cair. Internando-o na clínica, ela recebe uma pensão.
Logo se amiga com o tipo mais novo. Não se droga, não fuma, não bate, não bebe. Mas também não trabalha. Daí ela visita o marido no asilo: “Deus te mandou, minha santa. Você veio me buscar”. Com dó, leva-o para casa e vivem os três da mesma pensão. O amante não está feliz, tem de dar banho e fazer a barba do sargento.
***
Ao chegar em casa, do programa no motel, o marido é saudado com um grito pela mulher:
- eu soube de uma coisa terrível!
Pronto, ele pensa, estou perdido. Ela descobriu tudo.
- Pô, o quê... Mas o quê... O que aconteceu?
- Mataram o filho do seu João!
- Urr... Orra. É mesmo? Pobre do seu João.
Te devo essa, Deus.
***
Na farmácia, a mocinha com o bebê no colo, apagando a voz:
- Uma caixa de pílula e um batom bem vermelho.
***
Dois inválidos, bem velhinhos, esquecidos numa cela de asilo.
Ao lado da janela, retorcendo os aleijões e esticando a cabeça, apenas um consegue espiar lá fora.
Junto à porta, no fundo da cama, para o outro é a parede úmida, o crucifixo negro, as moscas no fio de luz. Com inveja, pergunta o que acontece. Deslumbrado, anuncia o primeiro:
- Um cachorro ergue a perninha no poste.
Mais tarde:
- Uma menina de vestido branco pulando corda.
Ou ainda:
- Agora é um enterro de luxo.
Sem nada ver, o amigo remorde-se no seu canto. O mais velho acaba morrendo, para alegria do segundo, instalado afinal debaixo da janela.
Não dorme, antegozando a manhã. O outro, maldito, lhe roubara todo esse tempo o circo mágico do cachorro, da menina, do enterro rico.
Cochila um instante – é dia. Senta-se na cama, com dores espicha o pescoço: no beco, muros em ruína, um monte de lixo.
***
O velho em agonia, no último gemido para a filha:
- Lá no caixão...
- Sim, paizinho...
- ...não deixe essa aí me beijar.
***
O jantar para os dois casais amigos. Na parede uma das mulheres nuas de Modigliani.
Tanta festa, muito riso: o lombinho uma delícia. Até que um dos maridos:
– Essa moça do quadro. Ela sorri para você?
– É o meu consolo das horas mortas.
A dona acode, oferecida:
– Ela sou eu, não é, bem?
Um murro na mesa estremece prato e espalha talher:
– Ela é você? Quando você teve esse amor desesperado nos olhos? Esse perdão infinito na boca?
Outro soco espirra vinho tinto na toalha:
– Não se conhece, sua bruxa?
terça-feira, 3 de novembro de 2009
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Dalton Trevisan
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Urubu e a Criança!
What a Wonderful World - Louis Armstrong
rosas vermelhas tbm
eu vejo-as desabrocharem para mim e para vc,
e penso comigo mesmo, que mundo maravilhoso.
Eu vejo amigos se comprimentando,
dizendo 'como está você?'
mas na verdade eles estão dizendo, 'eu amo você'.
Eu escuto bebês chorando,
eu vejo eles crescendo
eles irão aprender mais do que eu aprendi
E então penso comigo, que mundo maravilhoso!!!
domingo, 25 de outubro de 2009
Common Uncommunicability
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Minha Família!
Acho que a coisa mais importante da vida, depois dela mesma, é a família.
Minha esposa me perdoe, mas primeiro vêm os filhos, depois o relacionamento em si [mas creio que ela concorda comigo].
Por outro lado, somente em um relacionamento saudável, onde há cumplicidade, pode-se dizer que a saúde mental dos filhos será positiva.
Apresento a minha família:
Essa é a Bia, minha companheira de mais de 13 anos!
Essa, a Taisa, minha primeira filha, minha primeira alegria, tenho muito orgulho dela!
E essa é a pequena, a Pedrita, a Pequena Pedra Preciosa que muita felicidade me dá.
É nóis:
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Pelebrói não sei
Pelebrói Não Sei?